sexta-feira, 16 de março de 2007

ONGs pedem embargo ao comércio de tigres

Fonte da imagem:http://www.duiops.net

Grupos que monitoram o comércio de espécies ameaçadas de extinção pediram à China nesta segunda-feira (12) que resista às pressões para relaxar o embargo ao comércio de partes de tigres, afirmando que as restrições têm ajudado o felino a sobreviver.

"No começo dos anos 90, nós temíamos que a demanda dos chineses por partes de tigres levasse a espécie à extinção até o novo milênio", declarou Steven Broad, diretor-executivo da TRAFFIC, um programa de monitoramento criado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e pela União de Conservação Mundial (IUCN).

"O tigre sobrevive hoje principalmente devido à ação pronta, restrita e comprometida da China. Derrubar o embargo e permitir qualquer tipo de comércio de produtos de tigres criados em cativeiro seria desperdiçar todos os esforços que a China investiu em preservar tigres selvagens. Seria uma catástrofe para a conservação do tigre", acrescentou.

A TRAFFIC, com sede em Gland, na Suíça, anunciou em entrevista coletiva que há evidências de que investidores de "fazendas de criação de tigres" na China estariam insistindo na legalização para comercializar os produtos dos estabelecimentos.

Segundo estimativas, cerca de 4.000 tigres estão cativos nas fazendas. Ossos de tigre e outras partes são utilizados para medicamentos e afrodisíacos. O governo chinês tem trabalhado arduamente para apagar as superstições e promover substitutos, comentou a TRAFFIC.

Cientistas da organização descobriram que menos de 3% das 663 drogarias e negociantes dizem ter produtos com base em partes de tigres estocados e a maioria dos comerciantes está ciente de que os tigres são protegidos por lei e o comércio de produtos derivados do corpo do animal é ilegal.

"Permitir o comércio de partes de tigres, mesmo de tigres criados em cativeiro, aumentaria a demanda pelos produtos", explicou Susan Lieberman, diretora do programa global de espécimes da WWF.

"E um mercado legal na China daria margem a caçadores matarem tigres selvagens, pois é impossível diferenciar no mercado produtos feitos de tigres de cativeiro e de selvagens", concluiu.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias

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