
Um período quente maior deve ocorrer em virtude dos efeitos causados pelo El Niño, fenômeno meteorológico que aquece as águas do Oceano Pacífico e eleva as temperaturas de todo o planeta.
Segundo o Departamento de Meteorologia, há 60% de chances de que a temperatura média da Terra bata o atual recorde, que é de 1998.
A temperatura global deve passar cerca de 0,54ºC em relação à média de longo prazo, que é de 14 graus. Em 1998, esse valor foi superado em 0,52ºC.
A projeção anual foi feita pelo Centro Hadley de Pesquisa de Variação Climática em conjunto com a Universidade de East Anglia.
Efeito El Niño
Segundo Chris Folland, diretor do Centro Hadley de Pesquisa de Variação Climática, a previsão é feita primordialmente em dois fatores.
O primeiro é a emissão de gases na atmosfera, que ocasiona o Efeito Estufa.
“Este é um método estatístico. É um número que representa o aquecimento da atmosfera”, disse.
“O outro fator que permite essa previsão é o fato de que este ano terá a influência do El Niño”, explicou o pesquisador.
O El Niño ocorre por causa da chegada de águas mais quentes do que o normal, vidas da América do Norte, à costa da América do Sul. O fenômeno é descrito como a maior influência na alteração anual do clima global.
A Organização Meteorológica Mundial disse que o fenômeno deve continuar no primeiro trimestre do ano, o que deve causar alterações futuras. “Há um intervalo considerável, que pode levar quatro meses ou mais, entre o El Niño e o aquecimento climático”, afirmou Folland.
“Para se avaliar o impacto do fenômeno, nós usamos um método estatístico, baseado em aferições de temperaturas nas regiões onde ele acontece e também um complexo método matemático”.
Ele contou que a previsão tem sido ajustada levando-se em conta os dados dos últimos 50 anos.
“Nós conferimos esta previsão três vezes, atualizando-a mensalmente e ela se mostrou completamente estável”, disse.
A avaliação de que 2007 “tem 60% de chances de ser mais quente do que 1998” é mais provável de acontecer do que dar errado.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia
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